COVID-19 e a atuação da Grande Mídia frente à Pandemia

Até que ponto podemos acreditar nas matérias publicadas na grande mídia? As Fake News estão limitadas apenas às redes sociais? Devemos acreditar em tudo que está escrito em jornais impressos ou transmitidos por rádio e TV?

Por anos fomos reféns das informações publicadas pela grande mídia e suas pesquisas. Se formos resgatar na história da televisão, rádio e impressos, notícias mirabolantes já foram publicadas gerando até mesmo comoção nacional pelo país. Quantas vezes jornalistas e emissoras não tiveram de se retratar sobre opiniões emitidas? Então, até onde devemos confiar em uma notícia, sem nos questionarmos ou sem nos informarmos mais sobre dados e fatos apresentados?

É certo que, lá no passado, a manipulação da opinião pública através da mídia foi uma ferramenta que ajudou, inclusive, a dar rumo em campanhas eleitorais e a derrubar governos. No entanto, nos dias de hoje temos acesso à infinitas fontes de informação, oficiais e independentes, as quais podem nos ajudar a formular nossa própria opinião. Temos acesso à rádio, TV e jornais impressos como antes, mas também temos bibliotecas online e jornais digitais, que podem nos auxiliar como fontes de informação. Mas, sobretudo, ainda devemos nos questionar sobre tudo o que nos é dito.

Datena é um dos jornalistas com mais acesso ao Presidente atualmente (Imagem: Top Mídia)


Recentemente, a sociedade tem sido alvo de diversas Fake News e informações infundadas. Em nossa mais recente crise mundial, a COVID-19, enfrentamos aquela que talvez seja a pior era da informação enfrentada nos tempos modernos. Enquanto profissionais sérios lutam para divulgar árduas pesquisas que estão sendo realizadas, no que se diz respeito a compreender e combater a COVID-19, diversas fontes aleatórias e oficiais insistem em publicar notícias com informações completamente infundadas. 

A informação em tempos de crise como a pandemia do Coronavírus, é crucial para que a própria população esteja preparada, adequadamente, a cumprir com sua parcela de responsabilidade. No entanto, países como a Itália, por exemplo, cuja governantes importantes preferiram ignorar alertas e pesquisas, e ainda decidiram propagar informações infundadas sobre a baixa letalidade do vírus, conseguiram como resultado centenas de mortes. Quem se responsabilizará por isso?

Aqui no Brasil seguimos a máxima das falsas informações e informações infundadas. Sofremos com fake news diárias que tem atrapalhado importantes trabalhos de enfrentamento a esta crise. Divulgar e propagar informações de que a COVID-19 se trata apenas de uma "gripezinha" ou que esse vírus tem culpa direta da China, são exemplos de informações que geraram não só um cenário caótico de saúde pública nacional, mas também uma crise diplomática.

 
Controverso, Ratinho outro jornalista com mais acesso ao Presidente atualmente (Imagem: SBT)

A população brasileira se encontra em dúvidas de quais informações seguir pois, dentro do próprio governo parte a desinformação: enquanto o Ministério da Saúde trabalha para manter a condição de distanciamento social, em um trabalho pautado em análises técnicas e fundadas em sérias pesquisas, integrantes importantes da alta cúpula do Governo parece querer trabalhar contra. Recentemente, o Ministro da Educação, Abraham Weintraub, publicou em seu Twitter que a pandemia seria parte de um "plano infalível" chinês para dominar o mundo. Já aquele que está atualmente como Presidente do Brasil, e pessoas diretamente ligadas a ele (como seus filhos), tentam minar tais ações pedindo a todo momento que a sociedade volte a rotina normal de suas vidas. 

Ministro Weintraub credita culpa à China pelo COVID-19 (Imagem: Vermelho)

Não esqueçamos, então, a título de exemplo a não se seguir, que ações tardias ou o simples fato de ignorar as comunidades médica e científica, podem nos levar à números como os de China, EUA e Itália, que figuram entre aqueles que mais tiveram mortes até o presente momento desta publicação.

Então, em caso de dúvida, sempre pesquise. Utilize os diversos meios de comunicação disponíveis em rádio, TV e internet. Desconfie sempre daqueles cuja as opiniões vão na contramão da lógica e bom senso. Desconfie de opiniões que vão na contramão da manutenção da vida em favor aos fatores econômicos. Desconfie, sobretudo, daqueles jornalistas de grande representação que tem ligação direta e/ou privilégios de informação com políticos e pessoas influentes. 

Em tempos de crise, faça sua parte.

#Fiqueemcasa

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